A esclerose múltipla (EM) é um mal silencioso e crônico, afeta um número crescente de jovens adultos no Brasil, desinformados sobre a doença.
Os sinais para o diagnóstico são: formigamento no braço, desorientação ao andar, tremores nas mãos.
A esclerose múltipla acomete as células nervosas, os neurônios e os filamentos que unem as células entre si. Isso ocorre quando o sistema imunológico ataca a bainha de mielina do sistema nervoso central, um revestimento rico em gorduras que envolve as terminações dos neurônios responsáveis pela comunicação interneuronal.
O dano dificulta a transmissão dos impulsos elétricos nervosos, degenerando funções como a coordenação motora, a visão, a fala e o controle da bexiga.
“A doença aparece em jovens com idade entre 20 e 30 anos. A pessoa pode ter um sintoma, como fraqueza na perna, por uma semana e o problema desaparecer sem tratamento. Só que depois de um tempo os sinais voltam mais agressivos”, conta o neurologista Dagoberto Callegaro, coordenador do ambulatório de Esclerose Múltipla do Hospital das Clinicas e professor da USP.
Através de uma ressonância magnética pode ser constatado o problema, o estresse e tristeza só pioram os sintomas. Não se sabe exatamente o que desencadeia a infecção. Pode ser por exposição a agentes tóxicos do meio ambiente ou por infecções repetidas.
O tratamento precoce é a melhor maneira de controlar a doença e reduzir a possibilidade de um novo surto. Isso significa tentar aumentar o intervalo entre um sintoma e outro, devolvendo a segurança ao paciente. “A esclerose múltipla é uma doença crônica, tem controle, mas não há cura”, lamenta Dagoberto Callegaro.