A Santista Têxtil para diferenciar produtos e manter presença relevante no mercado internacional, uniu-se a espanhola Tavex Algodonera.
Devido ao fim das cotas que asseguravam vendas aos países desenvolvidos, aliado ao dólar desfavorável e também à falta de acordos bilaterais que garantam ao Brasil redução de alíquotas, “nossas exportações são hoje metade do que era há quatro anos”. “Agora exportamos mais qualidade e menos quantidade”, informou o presidente da Santista Têxtil, Ricardo Weiss.
As principais causas do fechamento da fábrica de Aracaju da Santista Têxtil foram a dificuldade de manter o ritmo de exportações e o aumento da concorrência dos produtos asiáticos no mercado local.
A empresa do grupo nacional Camargo Corrêa trabalha agregando valor à produção e buscando alternativas para crescer no País e no exterior, onde adquiriu um terreno em Honduras para aproveitar os acordos bilaterais que favorecem a venda para os Estados Unidos no qual o produto brasileiro é taxado em até 17%.
A Tavex, adquiriu no ano passado duas fábricas no México, elevando a capacidade local de 6 milhões para 30 milhões.
As fábricas do grupo estão sendo preparadas para produzir linhas premium.
De acordo com o presidente da Santista, o mercado mundial de denim, do qual a Tavex é maior produtora, fica entre 4,5 bilhões e 5 bilhões de metros por ano e as linhas especiais garantem entre 15% e 20% desse total.
A Tavex está desenvolvendo também habilidade para o gerenciamento da produção até a confecção, já que cada vez mais clientes como os norte-americanos, por exemplo, querem comprar a peça já pronta.
A inovação faz com que a empresa renove anualmente aproximadamente um terço de sua linha de produtos, atualmente são 86 só em denim. Entre outros, a companhia faz ainda tecidos para roupas profissionais.
Weiss disse que o consumo de jeans é estável e que a importação é mais forte nos básicos, por isso a companhia caminha cada vez mais para os diferenciados.
Fonte: Gazeta Mercantil