Não se sabe com certeza quando se começou a consumir chocolate. Fontes arqueológicas apontam para entre 1.000 e 500 a.C. É certo, entretanto, que o primeiro povo a produzir a iguaria habitava a América Central, mais precisamente a região onde hoje está o México.
Em sua origem, o chocolate era servido na forma de uma bebida amarga, preparada a partir das sementes de cacau e muito temperada. Era uma prática dos Maias elaborar a bebida esmagando as sementes e depois juntando pimenta. O cacau era utilizado pelos povos da América Central como moeda de troca, remédio e oferenda para os deuses.
Cristóvão Colombo levou o cacau para a Europa, por volta de 1502. Hemando Cortez teria sido o responsável pela difusão na Europa.
Após descobrir o chocolate no México, Cortez teria levado para a Espanha sementes de cacau e as ferramentas para o preparo da bebida. Os espanhóis passaram a acrescentar açúcar à bebida, tornando-a mais agradável para o europeu. Passou a ser servida quente e, posteriormente, em tabletes, que poderiam ser transportados e derretidos. Por volta de 1750, o chocolate retornou à América. Com a Revolução Industrial inglesa, o cacau começou a ser produzido em escala, mas foram os holandeses que revolucionaram o processo de produção, conseguindo separar a manteiga da massa de cacau.
A partir daí, surgiram as barras de chocolates mais ou menos como são conhecidas atualmente.
Reconhecer o Chocolate Aparência: não deve apresentar rachaduras, bolhas de ar, ou manchas esbranquiçadas (causadas frequentemente por variações na temperatura de armazenagem –fat bloom-, ou pela umidade do ambiente –sugar bloom). A cor preta muito escura não é necessariamente sinal de qualidade. Exceto para os chocolates amargos, que não contêm leite e açúcar, o preto intenso pode significar que as sementes foram demasiadamente torradas.
Aroma: o chocolate deve cheirar bem desde o momento em que se abre a embalagem. Deve ter uma fragrância doce, mas não muito forte. Pode-se sentir o cheiro de baunilha, cerejas, caramelo ou amêndoas torradas. É um mau sinal não ter nenhum aroma, assim como sentir fragrâncias químicas.
Textura: o chocolate deve ser sedoso. Deve derreter ao entrar em contato com o calor dos dedos, ou ser colocado na boca.
Som: pegando um pedaço de chocolate e quebrando-o com as mãos, deve-se se ouvir um único ruído.
Na boca: o chocolate deve começar a derreter no momento em que é colocado na boca. O sabor deve aparecer logo. Deve-se sentir o chocolate derretendo delicadamente, tornando-se cremoso e, em seguida, quase líquido. Não deve ficar granulado ou “puxa-puxa”.
Após provar: o sabor deve permanecer por alguns minutos na boca (o sabor de alguns excelentes chocolates chegam a permanecer por 45 minutos!). Não pode ser extremamente doce.
Consumo
Na última década o consumo de chocolates no Brasil aumentou significativamente. Os dados não são precisos, há quem afirme que chegue a 2 kg por pessoa por ano. Os números do IBGE, entretanto, são mais modestos. De acordo com a Pesquisa de Aquisição Domiciliar de Alimentos em 2005, o índice de consumo per capita de chocolates, incluindo tabletes e bombons, é de cerca de 200 g por ano. O Estado que mais consome é São Paulo, com cerca de 600 g per capita anuais.
Na Alemanha e EUA, chega-se à média de 6 kg anuais por pessoa. Franceses consomem algo em torno de 3 kg por ano e os japoneses, mais comedidos, em torno de 2 kg.
Fonte: Vinho Magazine nº. 59