O foco é atender clientes industriais no mercado interno, sobretudo com os compounds, que representarão 80% da produção da fábrica.
O pó de cacau virá da fábrica de Ilhéus (BA), onde a empresa há 25 anos processa a amêndoa, fabricando também licor e manteiga de cacau. Metade da produção é comercializada no mercado interno, o restante é exportado para países da América Latina, onde a Cargill é líder no processamento de cacau, para os Estados Unidos e Europa, conforme explica Saskia Korink, diretora da unidade de negócios de cacau e chocolate da multinacional.
Saskia explica que o compound é um produto semelhante ao chocolate, com formulação diferente. Ao invés de manteiga de cacau ou licor, utiliza o pó de cacau, misturado à gordura vegetal, fabricada pela própria Cargill.
O produto será oferecido ao mercado a granel, em barras de dois quilos e sacos de 25 quilos. “Trata-se de um item mito usado em coberturas similares às de chocolate, em biscoitos, etc... Mas tem um valor agregado menor que o chocolate”, um quilo de compound vale cerca de R$
No Brasil as empresas integradas, como Nestlé e Kraft Foods, já fazem esse compound para a indústria, e também o utiliza no processo de fabricação de barras de chocolate com marca própria com destino ao varejo.
No ano passado a Cargill precisou importar 30% de sua demanda por cacau, ante os 25% do ano anterior. A importação é feita de três países: Costa do Marfim, Indonésia e Gana. “Tivemos um aumento no custo de aquisição da matéria-prima, por conta da escassez do cacau no mercado”, explica a diretora.
“Nossas margens ficaram apertadas agregar valor ao cacau vai melhorar esse desempenho”. Conclui a diretora da multinacional.
Mundialmente, a Cargill possui processamento de cacau e produção de compounds e chocolate nos Estados Unidos e na Europa, além do Brasil, que é o único negócio desse ramo da multinacional na América Latina.
Fonte: Gazeta Mercantil